INTRODUÇÃO

TRIGO PAN
Triticum aestivum L.

Na Argentina se deu por finalizada a safra do trigo 2010/11 sobre uma área colheitada de 4,27 milhões de ha. A média do rendimento nacional foi de 3,40 ton/ha (recorde histórico) vs 2,51 ton/ha da safra anterior, dando uma produção nacional de aproximadamente 14,5 milhões de toneladas (MT), sendo um 97% superior à safra precedente. A explicação desta boa colheita atribuiu-se aos excelentes rendimentos pelas ótimas condições ambientais e à área colheitada que aumentou um 67% em comparação ao ciclo prévio.

ÁREA SEMEADA E DE CULTURA, RENDIMENTO E PRODUÇÃO POR SUB-REGIÕES SUB-REGIÃO SUPERFÍCIE SEMEADA (HA) SUPERFÍCIE COLHIDA (HA) RENDIMENTO (KG/HA) PRODUÇÃO (TN)
Sub I260.000255.5003.245829.150
Sub II N421.580410.9204.7221.940.210
Sub II S536.150536.1504.6352.484.905
Sub III279.400279.4003.9151.093.970
Sub IV774.850771.3704.8013.703.279
Sub V N356.200347.1502.673927.840
Sub V S996.510987.1102.5302.497.087
NEA162.700161.7902.005324.440
NOA535.160520.4401.363709.254
Nacional 4.322.550 4.269.830 3.398 14.510.135
Estimado com base em dados fornecidos por el MAGyP. Safra 2010/2011

 

O estado de Buenos Aires é o que mais aportou à produção nacional com 8,7 MT, seguida por Córdoba com 1,8 MT, Santa Fe 1,7 MT, Entre Ríos 1,1 MT e o resto do país 1,3 MT.

Na sub-região IV pelas boas condições climáticas os rendimentos estiveram entre 4.000 e 7.000 kg/ha, com algum problema na qualidade comercial porque a proteína do grão foi inferior à normal.

Na II Sul os rendimentos superaram todos os registros históricos para este cultivo, com alguns lotes superiores aos 8.000 kg/ha, com pesos hectolitros em alguns casos de 85 kg/hl e pesos de 1000 grãos que em muitas lavouras alcançaram os 40 g.

A V Sul apresentou grande variabilidade com lucros de 1.000 kg/ha a 3.300 kg/ha, estes últimos na zonas serranas de solos profundos.

Na II Norte a média dos rendimentos ubicaram-se entre 4.000 e 5.500 kg/ha com picos de 8.000 kg/ha.

Na región III os rendimentos foram ótimos, com uma média de 3.844 kg/ha, registro recorde para o estado de Entre Ríos.

Na región I os lucros obtidos oscilaram entre 1.500 a 5.000 kg/ha com uma média por departamento que foi entre 3.000 y 3.500 kg/ha, destacando-se várias lavouras com produções máximas que se ubicaram entre os 4.000 y 5.000 kg/ha.

Nas regiões do NOA a média do rendimento foi 1.420 kg/ha, dobrando o rendimento da safra anterior que foi de 650 kg/ha.

Na região do NEA a média do rendimento zonal a nível de produtores superou os 2.500 kg/ha.

Nestes resultados inéditos incidiram a boa distribuição das chuvas e as excelentes condições climáticas durante o enchimento do grão. As temperaturas frescas ocorridas durante o mês de outubro somadas a boas condições de radiação, facilitaram a formação e um normal enchimento dos grãos.Como costuma acontecer em anos de altos rendimentos a proteína cai e junto com ela a quantidade de glúten.

ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA

 

ESTRUTURA DA AMOSTRAGEM

Concordou-se em formar amostras representativas, cada uma ao redor de 4000 toneladas, chegando-se a um total de 242 análises realizadas.

Para obter uma amostragem suficientemente representativa, a mesma foi planejada em função da área semeada por cada município ou distrito e pelo rendimento médio das últimas três safras, segundo dados da ex SAGyP.

De acordo à produção estimada resultante se determinou o número de amostras conjunto a formar por município ou distrito, com a intenção de obter uma representatividade proporcional de cada localidade.

A Associação de Cooperativas Argentinas, a Federação de Centros e Entidades Gremiais de Armazenadores de Cereais. Agricultores Federados Argentinos SCL e a Federação Argentina da Indústria Moageira, através das cooperativas, armazenadores e moinhos selecionados por localidade, contribuíram com as amostras das operações primárias (amostras comerciais) a partir das quais se confeccionaram as amostras conjunto por localidade, segundo o indicado em um instrutivo dirigido aos responsáveis da amostragem.

Mesmo assim, a Direção Nacional de Transformação e Comercialização de Produtos Agrícolas e Florestais del M.A.G. e P. a través das suas Delegações no interior do país, ofereceu apoio na amostragem e movimento de amostras.

ESTRUTURA DE AMOSTRAGEM SUB-REGIÃO AMOSTRAS CONJUNTO POR LOCALIDADE TONELAGEM AMOSTRAGEM (TN) PRODUÇÃO (TN) % DA PRODUÇÃO REPRESENTADA
Sub I1451.800829.1506,25
Sub II N38138.5001.940.2107,14
Sub II S41164.0002.484.9056,60
Sub III2784.3641.093.9707,71
Sub IV46167.3923.703.2794,52
Sub V N2195.777927.84010,32
Sub V S47155.6002.497.0876,23
Norte do País832.3001.033.6943,12
TOTAIS 242 889.733 14.510.135 6,13
Estimado com base em dados fornecidos por el MAGyP. Safra 2010/2011

 

Estas amostras primárias deviam representar entre 100 e 250 tn. e serem selecionadas para que possam refletir, da melhor forma possível, as características da produção da zona, utilizando-se em total 4.152 amostras com destino ao presente relevamento com o que se chega a uma tonelagem de amostras de 6,13% da produção nacional de trigo que alcançou as 14.510.135 toneladas.

PORCENTAGEM DA PRODUÇÃO REPRESENTADA EM RELEVAMENTO