INTRODUÇÃO

TRIGO PAN
Triticum aestivum L.

O cultivo do trigo durante o ano 2011 beneficiou-se pela boa recarga de água do perfil do solo, produto das precipitações ocorridas durante o período final do verão-outono na principal zona produtora do país. O maior aporte esteve dado pelas chuvas acontecidas nos meses de maio e junho. Estas condições foram as que permitiram que o cultivo durante a etapa de emergência até o fim do perfilhamento tivesse uma adequada disponibilidade de água útil no perfil do solo. Situação que não foi limitante na hora de expressar o rendimento.

ÁREA SEMEADA E DE CULTURA, RENDIMENTO E PRODUÇÃO POR SUB-REGIÕES SUB-REGIÃO SUPERFÍCIE SEMEADA (HA) SUPERFÍCIE COLHIDA (HA) RENDIMENTO (KG/HA) PRODUÇÃO (TN)
Sub I375.000371.8002.7061.005.980
Sub II N440.300429.6404.2131.809.960
Sub II S579.050574.2904.0642.333.885
Sub III296.300295.3003.4831.028.588
Sub IV583.400580.0554.5552.642.021
Sub V N322.800310.0502.293711.080
Sub V S1.095.1371.016.7872.2962.334.963
NEA353.200339.1601.412479.020
NOA465.330460.6181.333613.960
Nacional 4.510.517 4.377.700 2.960 12.959.457
Estimado com base em dados fornecidos por el MAGyP. Safra 2011/2012

 

Na região do NOA, em algumas zonas, o trigo foi deslocado por outros cultivos como cana de açúcar e legumes como o grão de bico.

No NEA, a falta de precipitações durante o período de definição do número de grãos, foi o principal fator que danou o rendimento com uma média entre um 30-35 % inferior em relação à safra anterior.

Na sub- região I a média do rendimento por departamento foi variando entre os 2.600 e 3.500 kg/ha, destacando-se vários lotes com produtividades máximas de 4.000 a 4.500 kg/ha.

Na sub- região II Norte o rendimento foi superior às estimações prévias em base ao estado dos cultivos, estimando-se uma média zonal de 3.800 a 4.000 kg/ha com mínimos de 2.500 kg/ha e máximos de 5.500 kg/ha.

Na sub- região III os rendimentos foram moderados e a média alcançou os 3.483 kg/ha.

Na sub- região IV revezou-se suficiente umidade para a semeadura com défice hídrico em algumas zonas e um enchimento do grão muito bom. Os rendimentos em geral foram de bons a muito bons embora não chegassem aos altos valores da safra d ano passado, oscilando entre 3.000 e 6.000 kg/ha.

Na sub- região V Norte a superfície semeada foi um 30 % inferior à da safra prévia, devido fundamentalmente à falta de umidade adequada no perfil do solo. Os rendimentos de lotes só irrigados com água de chuva estiveram per todos 2.000 kg/ha, enquanto que com irrigação suplementar diferiram entre os 3.000 a 4.500 kg/ha.

Na sub- região V Sul, por causa da seca, os rendimentos foram muito baixos, com áreas que não se colheitaram pelos danos das geadas, alcançando-se em algumas zonas 2.300 kg/ha ou mais, como nos partidos da cadeia serrana.

A produção nacional caiu um 11,2% com respeito à safra 2010/11, com uma média de rendimento de 2.960 kg/há, menor do recorde da safra anterior que foi de 3.398 kg/ha.

ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA

 

ESTRUTURA DA AMOSTRAGEM

Concordou-se em formar amostras representativas, cada uma ao redor de 4000 toneladas, chegando-se a um total de 156 análises realizadas.

Para obter uma amostragem suficientemente representativa, a mesma foi planejada em função da área semeada por cada município ou distrito e pelo rendimento médio das últimas três safras, segundo dados da ex SAGyP.

De acordo à produção estimada resultante se determinou o número de amostras conjunto a formar por município ou distrito, com a intenção de obter uma representatividade proporcional de cada localidade.

A Associação de Cooperativas Argentinas, a Federação de Centros e Entidades Gremiais de Armazenadores de Cereais, Agricultores Federados Argentinos SCL e a Federação Argentina da Indústria Moageira, através das cooperativas, armazenadores e moinhos selecionados por localidade, contribuíram com as amostras das operações primárias (amostras comerciais) a partir das quais se confeccionaram as amostras conjunto por localidade, segundo o indicado em um instrutivo dirigido aos responsáveis da amostragem.

Mesmo assim, a Coordenação de Delegações da M.A.G. y P. através das suas Delegações no interior do país, ofereceu apoio na amostragem e movimento de amostras

ESTRUTURA DE AMOSTRAGEM SUB-REGIÃO AMOSTRAS CONJUNTO POR LOCALIDADE TONELAGEM AMOSTRAGEM (TN) PRODUÇÃO (TN) % DA PRODUÇÃO REPRESENTADA
Sub I1249.7601.005.9804,9
Sub II N31124.0001.809.9606,9
Sub II S59236.0002.333.88510,1
Sub III2690.0001.028.5888,7
Sub IV48169.2662.642.0216,4
Sub V N1462.309711.0808,8
Sub V S52183.4732.334.9637,9
Norte do País1560.1801.092.9805,5
TOTAIS 257 974.988 12.959.457 7,52
Estimado com base em dados fornecidos por el MAGyP. Safra 2011/2012

 

Estas amostras primárias deviam representar entre 100 e 250 tn. e serem selecionadas para que possam refletir, da melhor forma possível, as características da produção da zona, utilizando-se em total 257 amostras com destino ao presente relevamento com o que se chega a uma tonelagem de amostras de 7,52% da produção nacional de trigo que alcançou as 12.959.457 toneladas.

PORCENTAGEM
DA PRODUÇÃO REPRESENTADA
EM RELEVAMENTO