INTRODUÇÃO

TRIGO PAN
Triticum aestivum L.

A safra 2012/13 caracterizou-se pelo marcado efeito do fenômeno de “El Niño” que se desenvolveu com fortes tormentas de vento, granizo e chuvas abundantes muito por cima dos valores históricos.

O ano não foi bom para o trigo nem para as culturas alternativas como: cevada, grão-de-bico e canola.

ÁREA SEMEADA E DE CULTURA, RENDIMENTO E PRODUÇÃO POR SUB-REGIÕES SUB-REGIÃON SUPERFÍCIE SEMEADA (HA) SUPERFÍCIE COLHIDA (HA) RENDIMENTO (KG/HA) PRODUÇÃO (TN)
Sub I340.980340.9802.440831.950
Sub II N420.753388.9533.1011.206.312
Sub II S369.851328.2312.983979.012
Sub III218.290215.9902.718586.958
Sub IV291.313280.5634.1941.176.651
Sub V N293.801292.7012.795818.130
Sub V S766.150757.5002.8422.152.829
NEA119.770102.8701.513155.615
NOA338.829320.7791.213388.987
Nacional 3.159.737 3.028.567 2.739 8.296.444
Estimado com base em dados fornecidos por el MAGyP. Safra 2012 - 2013

 

Na região central houve presença de doenças foliares e fusarioses da espiga em forma geral, inclusive em lotes tratados. Somado a isto houveram dias nublados com baixa radiação, geadas e insolação de princípios de novembro, dando como consequência grãos pequenos que não se encheram completamente e a presença de grãos com Fusarium em porcentagens variáveis. Tudo isto prejudicou o rendimento e a qualidade comercial e industrial do grão, fazendo que os lotes produziram muito menos do esperado em concordância com a aparência dos mesmos. Na principal região trigueira argentina, sul da província de Buenos Aires, as condições foram boas, exceto a presença de ferrugem da folha.

Os rendimentos em toda a área trigueira nacional foram variáveis, de 1.500 a 4.000 kg/ha na região central e de 3.500 a 6.000 kg/ha na zona sul, com variações segundo lotes e zonas, o que permitiu sustentar o rendimento estimado nacional de 2.739 kg/há., um pouco menor á safra 2011/12 (2.960 kg/ha).

Na região central a qualidade foi afetada com bajo peso hectolítrico e pelo dano por Fusarium. Na zona do sul da província de Buenos Aires o enchimento foi muito bom com altos valores de peso de 1000 graõs e peso hectolítrico.

A média do peso hectolítrico na região central foi de 75 kg/hl, 4 pontos por debaixo da colheita passada, também diminuido pelo lavado do grão pelas chuvas. O tamanho do grão dado pelo peso de 1000 grãos foi de 29 g, índice de grãos de tamanho pequeno e quebrados que não completaram seu enchimento adequadamente, o que afetaria o rendimento de farinha. Na região sul, a média dos valores estiveram em 37 g o peso de 1000 granos e 80 kg/hl o peso hectolítrico.

A proteína na região central foi superior às duas safras anteriores com uma média de 12,3%, superando à base de comercialização do 11% em 1,3%. Na zona sul foi mais baixa, com uma média de 10,7%.

O glúten diretamente relacionado à proteína, na região central teve uma média de 29,6%, um 5% superior à safra anterior, valor muito bom para a indústria. Na zona sul, a média esteve em 24,4%. Em geral as massas apresentaram força de farinha moderada (média W=256) e tendência a extensíveis (média P/L= 0,80).

ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA

 

ESTRUTURA DA AMOSTRAGEM

Concordou-se em formar amostras representativas, cada uma ao redor de 4000 toneladas, chegando-se a um total de 186 análises realizadas.

Para obter uma amostragem suficientemente representativa, a mesma foi planejada em função da área semeada por cada município ou distrito e pelo rendimento médio das últimas três safras, segundo dados da Ministerio de Agricultura y Pesca (MAGyP).

De acordo à produção estimada resultante se determinou o número de amostras conjunto a formar por município ou distrito, com a intenção de obter uma representatividade proporcional de cada localidade.

A Associação de Cooperativas Argentinas, a Federação de Centros e Entidades Gremiais de Armazenadores de Cereais, Agricultores Federados Argentinos SCL e a Federação Argentina da Indústria Moageira, através das cooperativas, armazenadores e moinhos selecionados por localidade, contribuíram com as amostras das operações primárias (amostras comerciais) a partir das quais se confeccionaram as amostras conjunto por localidade, segundo o indicado em um instrutivo dirigido aos responsáveis da amostragem.

Mesmo assim, a la Dirección de Información Agrícola y Forestal del M.A.G. y P, através das suas Delegações no interior do país, ofereceu apoio na amostragem e movimento de amostras.

ESTRUTURA DE AMOSTRAGEM SUB-REGIÃO AMOSTRAS CONJUNTO POR LOCALIDADE TONELAGEM AMOSTRAGEM (TN) PRODUÇÃO (TN) % DA PRODUÇÃO REPRESENTADA
Sub I1345.350831.9505,45
Sub II N29116.0001.206.3129,62
Sub II S1553.000979.0125,41
Sub III2174.889586.95812,76
Sub IV36120.3451.176.65110,23
Sub V N833.700818.1304,12
Sub V S48156.1912.152.8297,26
NEA520.000155.61512,85
NOA1144.000388.98711,31
TOTAIS 186 663.475 8.296.444 8,00
Estimado com base em dados fornecidos por el MAGyP. Safra 2012 - 2013

 

Estas amostras primárias deviam representar entre 100 e 250 tn. e serem selecionadas para que possam refletir, da melhor forma possível, as características da produção da zona, utilizando-se em total 2.923 amostras com destino ao presente relevamento com o que se chega a uma tonelagem de amostras de 8% da produção nacional de trigo que alcançou as 8.296.444 toneladas.

PORCENTAGEM
DA PRODUÇÃO REPRESENTADA
EM RELEVAMENTO