INTRODUÇÃO

TRIGO PAN
Triticum aestivum L.

Desde o ponto de vista climático o ano foi classificado como “neutro” para o fenômeno ENSO (El Niño - Southern Oscillation, por suas siglas em inglês).

ÁREA SEMEADA E DE CULTURA, RENDIMENTO E PRODUÇÃO POR SUB-REGIÕES SUB-REGIÃO SUPERFÍCIE SEMEADA (HA) SUPERFÍCIE COLHIDA (HA) RENDIMENTO (KG/HA) PRODUÇÃO (TN)
Sub I403.700360.6001.682606.370
Sub II N413.300400.5002.6841.075.095
Sub II S382.345371.1553.7481.391.245
Sub III284.940280.6402.959830.348
Sub IV451.580451.2804.5782.066.009
Sub V N507.610447.7901.347603.280
Sub V S1.064.4201.058.1202.3352.471.132
NEA91.67051.13060230.790
NOA48.50519.5701.67532.770
Nacional 3.648.070 3.440.785 2.647 9.107.039
Estimado com base em dados fornecidos por el MAGyP. Safra 2013/2014

 

Na região central-norte as condições ambientais caracterizaram-se por apresentar um bom conteúdo hídrico no perfil do solo ao momento da semeadura, com precipitações abundantes no mês de maio. A partir do mês de junho as precipitações foram muito escassas, não somente nos meses de inverno, senão durante os meses de setembro e outubro. A disponibilidade de água foi o limite na expressão do rendimento do cultivo de trigo em algumas zonas. Durante a etapa de enchimento de grão, aproximadamente desde meados de outubro a meados de novembro, as temperaturas foram altas para uma adequada taxa de crescimento do grão. A média das temperaturas durante o ciclo de cultivo, exceto em agosto, estiveram por cima da média histórica. Além disso, em agosto registraram-se vários dias com geadas que somado à falta de chuvas, geraram condições estressantes no cultivo. O mês de outubro teve 2,1°C por cima da média, reduzindo o período de enchimento de grão e prejudicando a qualidade do mesmo. Em relação a doenças não se registraram níveis importantes de incidência o severidade em folha ou espiga. Em cultivos muito suscetíveis observaram-se altos níveis de ferrugem do caule (Puccinia graminis). Não houve presença de Fusariose da espiga. Os rendimentos foram desde 500 kg/ha e incluso lotes que não se colheram nas zonas mais secas, até 6.000 kg/ha nas zonas de melhores condições ambientais. Nas zonas de baixos rendimentos a proteína e a qualidade industrial foram favoráveis, descendo um pouco nas zonas de altos rendimentos.

Na região sul houve condições convenientes para a semeadura com adequada temperatura e umidade no solo. O cultivo do trigo desenvolveu-se de maneira normal, com bom perfilhamento e sem geadas. No mês de outubro e novembro as chuvas estiveram perto da média, mas com temperaturas menores à média histórica, produzindo um atraso no espigamento. Desde fim de novembro até a colheita as chuvas foram escassas e com altas temperaturas. Os cultivos de ciclo longo não tiveram una perda de rendimento importante, no entanto os ciclos curtos estiveram sob estrese hídrico e térmico com perdas de rendimento principalmente nos solos someros.

As doenças foliares foram de pouca importância. As variedades susceptíveis tiveram uma severidade moderada a ferrugem da folha (Puccinia triticina) e se detectou ferrugem do caule (Puccinia graminis) que justificou um controle químico e com boa resposta à aplicação.

As adequadas precipitações e as temperaturas medias-baixas no momento crítico do cultivo foram determinantes nos rendimentos. Em geral, os rendimentos foram de médios a altos e variados segundo as zonas, precipitações e tecnologia aplicada pelo produtor. A zona leste da sub-região foi de excelentes rendimentos, decrescendo para o oeste, mas mantendo um nível alto. Os rendimentos estuvieron entre 3.500 y 6.000 kg/ha, com bons pesos hectolítricos e excelente cor de grão.

ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA

 

ESTRUTURA DA AMOSTRAGEM

Se Concordou-se em formar amostras representativas, cada uma ao redor de 4000 toneladas, chegando-se a um total de 192 análises realizadas.

Para obter uma amostragem suficientemente representativa, a mesma foi planejada em função da área semeada por cada município ou distrito e pelo rendimento médio das últimas três safras, segundo dados da Ministerio de Agricultura y Pesca (MAGyP).

De acordo à produção estimada resultante se determinou o número de amostras conjunto a formar por município ou distrito, com a intenção de obter uma representatividade proporcional de cada localidade.

A Associação de Cooperativas Argentinas, a Federação de Centros e Entidades Gremiais de Armazenadores de Cereais, Agricultores Federados Argentinos SCL e a Federação Argentina da Indústria Moageira, através das cooperativas, armazenadores e moinhos selecionados por localidade, contribuíram com as amostras das operações primárias (amostras comerciais) a partir das quais se confeccionaram as amostras conjunto por localidade, segundo o indicado em um instrutivo dirigido aos responsáveis da amostragem.

Mesmo assim, a la Dirección de Información Agrícola y Forestal del M.A.G. y P, através das suas Delegações no interior do país, ofereceu apoio na amostragem e movimento de amostras.

ESTRUTURA DE AMOSTRAGEM SUB-REGIÃO AMOSTRAS CONJUNTO POR LOCALIDADE TONELAGEM AMOSTRAGEM (TN) PRODUÇÃO (TN) % DA PRODUÇÃO REPRESENTADA
Sub I1340.870606.3706,74
Sub II N31124.0001.075.09511,53
Sub II S29102.0001.391.2457,33
Sub III2179.345830.3489,56
Sub IV2999.3852.066.0094,81
Sub V N1136.261603.2806,01
Sub V S55211.4172.471.1328,56
Norte do País38.00063.56012,59
TOTAIS 192 701.278 9.107.039 7,70
Estimado com base em dados fornecidos por el MAGyP. Safra 2013 - 2014

 

Estas amostras primárias deviam representar entre 100 e 250 tn. e serem selecionadas para que possam refletir, da melhor forma possível, as características da produção da zona, utilizando-se em total 3.121 amostras com destino ao presente relevamento com o que se chega a uma tonelagem de amostras de 7,70% da produção nacional de trigo que alcançou as 9.107.039 toneladas.

PORCENTAGEM DA PRODUÇÃO REPRESENTADA EM RELEVAMENTO