TRIGO PAN
Triticum aestivum L.

No nível nacional, a campanha trigueira 2015/16 se caracterizou pelos bons rendimentos em grão e pelos baixos conteúdos de proteína. Historicamente não tinham se registrado valores tão baixos em toda a área trigueira argentina.

A produção nacional estima-se em quase 11,26 milhões de toneladas (MT), com uma diminuição interanual de 12,3% a respeito da colheita anterior (2014/5) que foi de 13,79 MT. Semearam-se 4,35 Mha e foram colhidos 3,93Mha, com um rendimento médio nacional de 2.864 kg/ha, dos quais resultaram 51kg/ha a menos da média nacional da última campanha.

A respeito das temperaturas, este foi um ano mais cálido e com poucas geadas se comparado com o histórico.

A respeito das doenças, elas foram importantes na região centro-norte, mas não foi assim na região sul da área trigueira. Nas zonas afetadas, as condições favoráveis de umidade e temperatura contribuíram com seu desenvolvimento, além da ausência de resistência genética das cultivares. Houve um início antecipado de infeção que continuou ao longo do ciclo do cultivo. As doenças também foram importantes e severas, e em alguns casos houve ferrugem da folha (Puccinia triticina), ferrugem do caule (Piccinia graminis), bacteriose e em menor grau, mancha amarela e fusariose da espiga. Isto gerou uma diminuição importante tanto nos rendimentos quanto na qualidade comercial do grão.

O escasso uso de tecnologia aplicada fez com que surgissem diferenças entre lotes com amplitude entre rendimentos mínimos e máximos em uma mesma zona. Houve uma escassa ou quase nula fertilização nitrogenada; isto afetou também a quantidade de proteína e glúten em correlação com o alto grau de barriga branca obtido. Aliás, o fenômeno de lixiviação ou lavagem do nitrogênio, devido ao excesso de chuvas produzidas pelo fenômeno climático chamado de El Niño gerou uma disponibilidade de nitrogênio mais baixa do normal por causa dos lençóis altos, dos dias nublados e frescos durante o enchimento do grão.

Na zona central do país houve problemas por excessos hídricos que dificultaram a colheita, acentuaram as quedas de peso dos grãos e em alguns casos, as perdas por granizo foram totais.

ESTRUTURA DA AMOSTRAGEM

Concordou-se em formar amostras representativas, cada uma ao redor de 4000 toneladas, chegando-se a um total de 230 análises realizadas.

Para obter uma amostragem suficientemente representativa, a mesma foi planejada em função da área semeada por cada município ou distrito e pelo rendimento médio das últimas três safras, segundo dados da Ministerio de Agroindustria de la Nación . De acordo à produção estimada resultante se determinou o número de amostras conjunto a formar por município ou distrito, com a intenção de obter uma representatividade proporcional de cada localidade

A Associação de Cooperativas Argentinas, a Federação de Centros e Entidades Gremiais de Armazenadores de Cereais. Agricultores Federados Argentinos SCL e a Federação Argentina da Indústria Moageira, através das cooperativas, armazenadores e moinhos selecionados por localidade, contribuíram com as amostras das operações primárias (amostras comerciais) a partir das quais se confeccionaram as amostras conjunto por localidade, segundo o indicado em um instrutivo dirigido aos responsáveis da amostragem.

Mesmo assim, a Direção Nacional de Transformação e Comercialização de Produtos Agrícolas e Florestais del Ministerio de Agroindustria de la Nación a través das suas Delegações no interior do país, ofereceu apoio na amostragem e movimento de amostras.

Estas amostras primárias deviam representar entre 100 e 250 tn. e serem selecionadas para que possam refletir, da melhor forma possível, as características da produção da zona, utilizando-se em total 3.137 amostras com destino ao presente relevamento com o que se chega a uma tonelagem de amostras de 6,90% da produção nacional de trigo que alcançou as 11.260.482 toneladas.

PORCENTAGEM DA PRODUÇÃO REPRESENTADA EM RELEVAMENTO