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A semeadura realizou-se com uma muito boa disponibilidade de água no perfil do solo, em especial na maioria dos meses houve chuvas por cima da média histórica.  Também houve disponibilidade de água por nível freático em algumas zonas.  Na zona de Marcos Juarez, registraram-se em total 31 geadas a 5 cm sobre o nível do solo, duas geadas em junho e duas em julho de intensidade e duração importantes que não afetaram o trigo já que ainda estava no início do perfilhamento.

​As chuvas de agosto e setembro permitiram enfrentar o período crítico para a formação e desenvolvimento dos grãos sem estresse hídrico.  O enchimento de grãos se desenvolveu em ótimas condições de temperatura durante quase todo o período.  Isto permitiu atingir um muito bom rendimento de grãos e embora o enchimento tenha se prolongado no tempo, gerou uma alta porcentagem de grãos de barriga branca na maioria dos cultivares.

Houve ataque antecipado de ferrugem amarela que continuou ao longo do ciclo de cultivo com alta incidência negativa no rendimento de cultivares suscetíveis (severidade de 25% na área do INTA Oliveros).  Ao finalizar o ciclo, surgiu um ataque leve de ferrugem do caule nos cultivares muito suscetíveis.  Nos cultivares resistentes à ferrugem amarela e suscetíveis à ferrugem da folha, observou-se um ataque moderado.  Durante toda a etapa da semeadura, se observou um ataque de mancha amarela e rastros de fusariose da espiga só em alguns cultivares.  Nos cultivares de ciclo longo e intermediário houve um ataque leve de bacteriose.

A colheita se deu em muito boas condições climáticas e se obteve um grão de boa qualidade comercial na maioria dos lotes, exceto nos muito suscetíveis a doenças, em especial à ferrugem amarela.

Na região central e especialmente no sudeste da Córdoba, houve rendimento extraordinário de trigo, não só de máximos, mas de médias com picos excepcionais de mais de 7000kg/ha.  O segredo do sucesso foi o seguimento e o controle de doenças, em especial ferrugem amarela e uma boa fertilização na pré-semeadura com nitrogênio, fósforo e enxofre, de acordo com as altas expectativas de rendimento esperada, além da refertilização que realizaram muitos produtores.  Em outras áreas da sub-região, as doenças da folha como ferrugem amarela​ ou estriada e ferrugem laranja foram um fator limitante que determinou uma diminuição importante nos rendimentos e seus componentes.

A colheita na província de Córdoba foi a segunda maior da história, uma barreira que nunca antes tinha sido ultrapassada com uma média de rendimento de 3420 kg/ha, perto do recorde de 3500 kg/ha da campanha anterior.

MAPA DA SUB-REGIÃO​​

 

DISTRIBUIÇÂO POR GRAUS​

 ​DADOS RELATIVOS DA SUB-REGIÃO​ 

Nesta sub-região a produção foi de 3.580.927 t., que representam 19.4% sobre o total nacional para a safra. Para fins deste relatório foram utilizadas 369.312 t. como amostras, isto é, 10.3​ % da produção