CLIMA

O comportamento climático durante a campanha trigueira 2014-1015 foi observado mais uma vez como a utilização de um método para calcular as reservas d’água no solo e suas anomalias. Estas últimas são chamadas de “Classificação da umidade do solo” e se calcularam como média mensal durante o ciclo do trigo, embora sejam dados vindos de uma análise diária e expressem o grau de afastamento das condições habituais para cada região e período do ano. A classificação de umidade é um adequado indicador climático pois resume o comportamento das variáveis climáticas mais relevantes, tais como as distribuições espaciais e temporais das chuvas e sua interação com a evapotranspiração que por sua vez, depende da temperatura do ambiente, da radiação, do vento e da umidade atmosférica.

Os mapas que se utilizam em forma operativa e para qualquer período de tempo, neste caso são mensais e contém uma subdivisão política por municípios, que pode ser associada às conhecidas zonas trigueiras do país representando aqui só as províncias pampianas. A apresentação da sequência de mapas de classificação de umidade do solo e uma descrição do seu comportamento permitem ao leitor se fazer uma ideia de qual foi a evolução climática da campanha trigueira, observando que as considerações agronômicas são descritas em outro apartado desta publicação. É preciso esclarecer que não sempre as condições habituais ou normais são as mais adequadas para o cultivo em todas as regiões e períodos do ano, do mesmo fato que durante o inverno e começos da primavera, as condições normais poderiam resultar hidricamente deficitárias nas regiões localizadas no oeste e noroeste da área como a região trigueira V Norte. No entanto, no centro-leste e sudeste desta região trigueira, essas mesmas condições poderiam representar situações de certo excesso d’água no solo.

MAIO 2014
O início da campanha trigueira apresentava condições de umidade com uma distribuição normal em quase toda a região pampiana com um pulso úmido no sul de La Pampa, que não é uma zona trigueira.

JUNHO 2014
A característica mais significativa durante este mês foi a da distribuição de umidade do solo para o trigo, levemente por cima do normal em toda a região pampiana.

JULHO 2014
O mês de julho se caracterizou por ser um mês com continuidade de excelentes condições de umidade tanto nos núcleos trigueiros quanto no resto das zonas com trigo implantado; sem dúvida que são condições pouco frequentes no desenvolvimento dos cultivos de inverno.

AGOSTO 2014
A mudança no mês de agosto foi dada pela importante descarga de umidade no solo no oeste da província de Entre Rios devido a um evento com escassa oferta d’água nessa região. No sul de Santa Fe houve condições abaixo do normal, mas que resultaram boas no núcleo trigueiro do sudeste bonaerense.

SETEMBRO 2014
Este mês é importante para o desenvolvimento das culturas de verão, as chuvas contribuíram a conseguir bons valores de reserva d’água em quase toda a região pampiana.

OUTUBRO 2014
A característica principal deste mês foi o pulso seco no centro da província de Buenos Aires e deve se salientar que no maior núcleo trigueiro que fica no sudeste bonaerense, as reservas d’água mantiveram as boas condições de umidade edáfica.

NOVEMBRO 2014
O pulso seco se acentuou no noroeste da província de Buenos Aires e com menos intensidade no sul e oeste de Córdoba. As chuvas trouxeram uma importante quantidade d’água no sudeste bonaerense e geraram zonas de excessos hídricos que alagaram lotes de trigo.

DEZEMBRO 2014
Não houve grandes modificações a respeito de novembro, e em geral, as condições do clima não atrapalharam a colheita de trigo.

JANEIRO 2015
Muito boas condições para finalizar o levantamento da colheita trigueira.

EVOLUCAO DA UMIDADE DO SOLO NA SAFRA TRIGUEIRA

 
MAIO 2014 JUNHO 2014
JULHO 2014 AGOSTO 2014
SETEMBRO 2014 OUTUBRO 2014
NOVEMBRO 2014 DEZEMBRO 2014
JANEIRO 2015