CLIMA

Descreve-se o comportamento climático durante a safra trigueira 2013-2014 utilizando mais uma vez um método para calcular as reservas de água no solo e suas anomalias. Estas últimas que denominamos “Classificação de Umidade do Solo”, calcularam-se como a média mensal durante todo o ciclo do trigo, embora provem de uma análise diária, e expressam o grau de afastamento das condições habituais para cada região e período do ano. A classificação de umidade é um indicador climático adequado, pois resume o comportamento das variáveis climáticas mais relevantes, como serem as distribuições espaciais e temporais das precipitações e sua interação com a evapotranspiração que a sua vez depende da temperatura do ambiente, da radiação solar, do vento e da umidade atmosférica.

Os mapas, que são utilizados em forma operativa e para qualquer período de tempo, neste caso são mensais e contém uma subdivisão política por partidos, que pode ser associada ás conhecidas zonas trigueiras do país representando aqui só ás províncias pampianas. A apresentação da sequencia de mapas de classificação de umidade do solo e uma descrição de seu comportamento permite ao leitor ter uma clara ideia de qual foi a evolução climática da campanha trigueira, sendo que as considerações agronômicas são descritas em outro apartado desta publicação. Devemos aclarar que não sempre as condiciones habituais ou normais são as mais adequadas para o cultivo em todas as regiões e períodos do ano; assim durante o inverno e começo da primavera, condições normais poderiam resultar hidricamente deficitárias em regiões localizadas ao oeste e noroeste da área como a região trigueira V Norte, no entanto essas mesmas condições poderiam estar representando situações de certo excesso de água no solo até o centro leste e sudeste da região trigueira.

MAIO 2013
O começo da safra trigueira apresentava condições de umidade com uma distribuição normal na Província de Buenos Aires, exceto na sua região oeste e um pulso seco ao norte da Província de Córdoba.

JUNHO 2013
A característica mais significativa durante este mês está dada pela intensificação de um pulso seco que se traduziu em condições de baixa umidade edáfica no oeste de Província de Buenos Aires. No resto da região assinalada no mapa não houve grandes variações e se mantiveram as condições de umidade superficial adequadas para as semeaduras, o que permitiu um calendário normal.

JULHO 2013
O mês de julho caracterizou-se por ser um mês seco no oeste da região pampiana e normal no resto. Esta situação de falta de chuvas e consequentes perdas de umidade edáfica haviam gerado uma situação preocupante entre os produtores.

AGOSTO 2013
A mudança do mês de Agosto o deu a importante carga de umidade do solo no núcleo trigueiro do sudeste da Província de Buenos Aires, representando um ótimo indicador dos rendimentos desta região. Também se produziram melhoras no resto da região pampiana.

SETEMBRO 2013
O efeito climático fez que diminuíram as reservas de água no solo exceto centro-leste da Província de Entre Ríos e leste e sudeste da Província de Buenos Aires.

OUTUBRO 2013
Continuaram baixas as condições de reservas de água exceto no sul da Província de Buenos Aires onde se previram excelentes rendimentos de trigo.

NOVEMBRO 2013
Já decididamente pelo aparecimento de situações de uma boa oferta de água, davam-se condições favoráveis nos perfis do solo e podem se observar excessos nas Províncias de Santa Fe, Entre Ríos e norte de Córdoba.

DEZEMBRO 2013
Por ser um mês de colheita a distribuição de umidade edáfica permitiu adequadas condições no levantamento da colheita.

JANEIRO 2014
Ótimas condições para a finalização do levantamento da colheita trigueira.

EVOLUCAO DA UMIDADE DO SOLO NA SAFRA TRIGUEIRA

 
MAIO 2013 JUNHO 2013 JULHO 2013
AGOSTO 2013 SETEMBRO 2013 OUTUBRO 2013
NOVEMBRO 2013 DEZEMBRO 2013 JANEIRO 2014