Nesta safra houve pouco incentivo por parte do produtor para semear.

A escassa água armazenada no perfil do solo por uma forte e prolongada seca no verão e parte do outono, fez que muitos produtores decidiram não semear.

A pesar de que choveu no mês de abril, não foi suficiente para a semeadura, por tanto se semeou quase a metade da área segundo zonas. Alguns departamentos não semearam praticamente nada.

Perderam-se muitos lotes por falta de umidade e em geral foi uma safra muito complicada.

Incrementou-se fortemente a semeadura do cultivo do grão-de-bico, procurando assim os produtores, uma possibilidade mais rentável.

O pouco que se semeou chegou à floração com quase nada de água de reserva, pelo tanto os rendimentos foram muito baixos, muito erráticos e em alguns casos não houve colheitas.

Como todos os anos houve presença de doenças como mancha amarela (Drechslera tritici repentis) e muito pouca ferrugem da folha (Puccinia triticina Erikss).

Quanto a pragas houve: pulgões, trips e ácaros devido, sobretudo, à seca do ambiente.

Em geral, foram poucos os trigos que chegaron a rendimentos próximos aos 1.000 kg/ha e coincidiram com as semeaduras muito cedo, a final de abril. O resto teve resultados muito erráticos e com baixos rendimentos a colheita. No entanto, a qualidade padeira foi de boa a muito boa, com níveis de glúten e peso hectolítrico muito aceitáveis.

DADOS RELATIVOS DA SUB-REGIÃO

Nesta Sub-região a produção foi de 388.987 t., que representam 4,7% sobre o total nacional para a safra. Para fins deste relatório foram utilizadas 44.000 t. como amostras, isto é, 11,31% da produção.