A área plantada teve uma diminuição importante em relação à média histórica, superfície que foi ocupada por outros cultivos de inverno especialmente cevada ou diretamente têm se deixado os lotes em assentamento invernal para o plantio de cultivos de verão.

Os motivos da menor superfície semeada foram fundamentalmente as limitações que tem o cultivo do trigo para sua comercialização, uma menor rentabilidade do investimento realizada pelo produtor de grãos e as condições climáticas desfavoráveis como consequência de transitar um ano tipo “Niño” (um fenômeno ENOS) durante boa parte do ciclo da colheita, resultando em uma menor produção de trigo.

As datas de semeadura foram nos meses de junho e julho. Utilizaram-se variedades de ciclo longo e curto, embora houvesse uma tendência leve aos ciclos longos.

Realizou-se fertilização com P durante a semeadura e com nitrogênio pós-emergência no plantio ou no plantio-perfilhamento.

Durante o inverno o trigo desenvolveu-se em ótimas condições de umidade e em certos casos com excessos hídricos importantes. A partir de meados de setembro, começo de alongamento, houve boa disponibilidade hídrica. Cerca da etapa de espigamento- floração (primeira quinzena de outubro) as precipitações foram muito importantes, com dias nublados, com pouca heliofania, impactando negativamente a produtividade. A excessiva umidade levou ao surgimento de doenças como “Mancha Amarela” (Dreschlera tritici-repentis) e “Septoriose da Folha” (Septoria tritici). Durante o alongamento e espigamento observarem-se ataques de “Ferrugem da folha” (Puccinia triticina) “Mancha Bacteriana” (complexo Pseudomona syringae e Xantomonas translucens).

Na floração, as condições climáticas foram favoráveis ao ataque de “Fusariose da espiga” (Fusarium graminearum), mostrou uma alta incidência e severidade nesses materiais que floresceram em forma precoce, diminuindo a medida que se atrasava a data de espigamento. Houve ataque de “Pulgão da Folha e da Espiga” com intensidade em alguns lotes, pelos quais se realizaram tratamentos químicos.

No mês de novembro, coincidindo com o período do enchimento de grãos, também ocorreram precipitações e no final do ciclo do cultivo, no momento da maturidade e colheita do mesmo, algumas chuvas não habituais acompanhadas de grandes ventos, causaram o atraso da mesma. Observaram-se queda e “lavagem” dos grãos.

No mês de novembro, coincidindo com o período do enchimento de grãos, também ocorreram precipitações e no final do ciclo do cultivo, no momento da maturidade e colheita do mesmo, algumas chuvas não habituais acompanhadas de grandes ventos, causaram o atraso da mesma. Observaram-se queda e “lavagem” dos grãos.

DADOS RELATIVOS DA SUB-REGIÃO

Nesta Sub-região a produção foi de  979.012 tn., que representam 11,8% sobre o total nacional para a safra. Para fins deste relatório foram utilizadas 53.000 tn. como amostras, isto é, 5,41% da produção.