A área semeada com trigo na região central norte da província de Buenos Aires teve em algumas zonas uma leve diminuição em relação à média histórica, superfície que foi ocupada por outros cultivos de inverno especialmente a cevada.

Esta superfície menor semeada foi compensada por maior semeadura em outras lavouras e pelos bons rendimentos por hectare obtidos, que em muitos casos superaram as expectativas, tendo em conta que as condições climáticas durante seu ciclo não foram muito favoráveis.

As datas de semeadura centralizaram-se nos meses de junho e julho e em alguns casos em agosto. Durante o ciclo do cultivo (maio- novembro) na zona de Pergamino, houve um défice de chuvas em comparação à média histórica (1910-2010) de 186 mm. mas a boa distribuição das precipitações produzidas nos momentos críticos do cultivo não afetou seu desenvolvimento.

Na maioria dos casos os lotes foram fertilizados com nitrogênio e fósforo e em alguns casos também se aplicou enxofre.

As temperaturas mínimas durante o perfilhamento se consideram que não foram desfavoráveis. Durante a primeira semana de setembro oscilaram entre os -3,4ºC e os -7,5ºC, favorecendo as variedades de ciclos mais longos com necessidades de frio.

Durante a floração, e em grão aquoso a leitoso, registraram-se temperaturas por debaixo de zero os dias 03/10 (-4,5ºC), 27/10 (-2,7ºC) e 31/10 (-1,8ºC). As temperaturas máximas altas durante o enchimento do grão oscilaram entre os 33 a 38ºC do 05 ao 10/11 e do 18 ao 21/11. Considera-se que as mesmas não produziram estragos nos grãos. A alta radiação solar favoreceu ainda mais os processos metabólicos da planta para o enchimento do grão.

Entre os insetos os pulgões da folha e da espiga foram os que estiveram presentes com maior intensidade, tendo que realizar tratamentos químicos.

O nível das doenças em geral foi baixo, com maior presença de ferrugem da folha (Puccinia tritici Rob) e mancha amarela (Drechslera tritici repentis). A fusariose da espiga só se deu em casos muito específicos e com ataques de baixa intensidade.

A colheita adiantou-se uns dias e se desenvolveu em ótimas condições, sem chuvas e com muito baixa umidade ambiente. Os rendimentos foram muito bons, com excelentes pesos hectolítricos e peso de 1000 Grãos. Os rendimentos por unidade de superfície não chegaram a igualar aos da campanha agrícola 2010/11, mas igualmente superaram à média histórica. Registraram-se lotes com superfície de certa importância que oscilaram entre os 5000 e 6500 Kg/ha.

DADOS RELATIVOS DA SUB-REGIÃO

Nesta Sub-região a produção foi de  2.333.885 tn., que representam  18,0 % sobre o total nacional para a safra. Para fins deste relatório foram utilizadas 236.000 tn. como amostras, isto é, 10,1% da produção.