TRIGO PAN
Triticum aestivum L.
A safra 2012/13 caracterizou-se pelo marcado efeito do fenômeno de “El Niño” que se desenvolveu com fortes tormentas de vento, granizo e chuvas abundantes muito por cima dos valores históricos.
O ano não foi bom para o trigo nem para as culturas alternativas como: cevada, grão-de-bico e canola.
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Na região central houve presença de doenças foliares e fusarioses da espiga em forma geral, inclusive em lotes tratados. Somado a isto houveram dias nublados com baixa radiação, geadas e insolação de princípios de novembro, dando como consequência grãos pequenos que não se encheram completamente e a presença de grãos com Fusarium em porcentagens variáveis. Tudo isto prejudicou o rendimento e a qualidade comercial e industrial do grão, fazendo que os lotes produziram muito menos do esperado em concordância com a aparência dos mesmos. Na principal região trigueira argentina, sul da província de Buenos Aires, as condições foram boas, exceto a presença de ferrugem da folha.
Os rendimentos em toda a área trigueira nacional foram variáveis, de 1.500 a 4.000 kg/ha na região central e de 3.500 a 6.000 kg/ha na zona sul, com variações segundo lotes e zonas, o que permitiu sustentar o rendimento estimado nacional de 2.739 kg/há., um pouco menor á safra 2011/12 (2.960 kg/ha).
Na região central a qualidade foi afetada com bajo peso hectolítrico e pelo dano por Fusarium. Na zona do sul da província de Buenos Aires o enchimento foi muito bom com altos valores de peso de 1000 graõs e peso hectolítrico.
A média do peso hectolítrico na região central foi de 75 kg/hl, 4 pontos por debaixo da colheita passada, também diminuido pelo lavado do grão pelas chuvas. O tamanho do grão dado pelo peso de 1000 grãos foi de 29 g, índice de grãos de tamanho pequeno e quebrados que não completaram seu enchimento adequadamente, o que afetaria o rendimento de farinha. Na região sul, a média dos valores estiveram em 37 g o peso de 1000 granos e 80 kg/hl o peso hectolítrico.
A proteína na região central foi superior às duas safras anteriores com uma média de 12,3%, superando à base de comercialização do 11% em 1,3%. Na zona sul foi mais baixa, com uma média de 10,7%.
O glúten diretamente relacionado à proteína, na região central teve uma média de 29,6%, um 5% superior à safra anterior, valor muito bom para a indústria. Na zona sul, a média esteve em 24,4%. Em geral as massas apresentaram força de farinha moderada (média W=256) e tendência a extensíveis (média P/L= 0,80).
ESTRUTURA DA AMOSTRAGEM
Concordou-se em formar amostras representativas, cada uma ao redor de 4000 toneladas, chegando-se a um total de 186 análises realizadas.
Para obter uma amostragem suficientemente representativa, a mesma foi planejada em função da área semeada por cada município ou distrito e pelo rendimento médio das últimas três safras, segundo dados da Ministerio de Agricultura y Pesca (MAGyP).
De acordo à produção estimada resultante se determinou o número de amostras conjunto a formar por município ou distrito, com a intenção de obter uma representatividade proporcional de cada localidade.
A Associação de Cooperativas Argentinas, a Federação de Centros e Entidades Gremiais de Armazenadores de Cereais, Agricultores Federados Argentinos SCL e a Federação Argentina da Indústria Moageira, através das cooperativas, armazenadores e moinhos selecionados por localidade, contribuíram com as amostras das operações primárias (amostras comerciais) a partir das quais se confeccionaram as amostras conjunto por localidade, segundo o indicado em um instrutivo dirigido aos responsáveis da amostragem.
Mesmo assim, a la Dirección de Información Agrícola y Forestal del M.A.G. y P, através das suas Delegações no interior do país, ofereceu apoio na amostragem e movimento de amostras.
ESTRUTURA DE AMOSTRAGEM | SUB-REGIÃO | AMOSTRAS CONJUNTO POR LOCALIDADE | TONELAGEM AMOSTRAGEM (TN) | PRODUÇÃO (TN) | % DA PRODUÇÃO REPRESENTADA | |||
Sub I | 13 | 45.350 | 831.950 | 5,45 | ||||
Sub II N | 29 | 116.000 | 1.206.312 | 9,62 | ||||
Sub II S | 15 | 53.000 | 979.012 | 5,41 | ||||
Sub III | 21 | 74.889 | 586.958 | 12,76 | ||||
Sub IV | 36 | 120.345 | 1.176.651 | 10,23 | ||||
Sub V N | 8 | 33.700 | 818.130 | 4,12 | ||||
Sub V S | 48 | 156.191 | 2.152.829 | 7,26 | ||||
NEA | 5 | 20.000 | 155.615 | 12,85 | ||||
NOA | 11 | 44.000 | 388.987 | 11,31 | ||||
TOTAIS | 186 | 663.475 | 8.296.444 | 8,00 | ||||
Estimado com base em dados fornecidos por el MAGyP. Safra 2012 - 2013 |
Estas amostras primárias deviam representar entre 100 e 250 tn. e serem selecionadas para que possam refletir, da melhor forma possível, as características da produção da zona, utilizando-se em total 2.923 amostras com destino ao presente relevamento com o que se chega a uma tonelagem de amostras de 8% da produção nacional de trigo que alcançou as 8.296.444 toneladas.
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